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O Projeto

Título: Voluntários da Inclusão Digital  

Professor responsável pelo Projeto:Francisca Alves de Medeiros  

Caracterização do Projeto
O projeto Voluntários da Inclusão Digital na sua 1º versão, teve início em 11 de abril de 2009, com 10 alunos voluntários envolvendo a clientela de jovens e adultos perfazendo um total de 12 alunos do distrito Carnaúba. Com o desenvolvimento das atividades foi crescendo o número de participantes, tornando-se necessário a elaboração de cronograma de atendimento por turno e localidade. Sendo uma iniciativa pioneira na cidade, a Escola Moisés Bento, única escola estadual desencadeou um leque de oportunidades para o povo jatiense visto que, o momento é propício para o conhecimento e aprimoramento com o mundo das tecnologias de informação e comunicação, considerando a credibilidade da instituição perante a comunidade, a aceitação do projeto vem crescendo de forma satisfatória. A quantidade e qualidade no atendimento é satisfatória e, atualmente, o quadro apresentado supera o planejamento inicial. Hoje a nossa clientela de suporte humano é de 15 voluntários e 01 professora coordenadora para atender uma demanda de 50 alunos. É crescente a procura de pessoas para ingressar no projeto, mas, devido estarmos concluindo a primeira turma em dezembro, o espaço para egressos será aberto somente em janeiro. O que desfavorece não atender toda a demanda é o espaço, o número e qualidade de equipamentos.

Justificativa do Projeto Na era da globalização e do conhecimento, as relações comerciais e trabalhistas cada vez mais dependem de insumos tecnológicos, tornando-se impossível enfrentar eficazmente os desafios como o do emprego sem adquirir as habilidades e competências necessárias.No Brasil, 54,3% dos brasileiros nunca fizeram uso de um computador e 66,6% jamais acessaram qualquer informação na Internet segundo dados do Comitê Gestor da Internet no Brasil.Essa situação se agrava quando se considera a realidade dos municípios eminentemente rurais como a cidade de Jati, com apenas oito mil habitantes, com Índice de Desenvolvimento Humano IDH muito baixo e economia de subsistência não oferecendo condições de acessibilidade às novas tecnologias e portanto de preparar os jovens para as novas exigências do mercado de trabalho. Até mesmo o projeto Ilhas Digitais, de responsabilidade da secretaria de Cultura, encontra-se desativado, dificultando ainda mais o acesso à informação.Nesse contexto atual, o jovem jatiense se encontra às margens da informatização e do conhecimento, sem perspectivas quanto ao futuro. Constata-se que é agravante o convívio externo dos jovens em ambiente de risco “alcoolismo, prostituição, jogos, drogas, etc.De acordo com os PCN+, o exercício da cidadania inicia-se na convivência cotidiana. As práticas sociais e políticas e as práticas culturais e de comunicação fazem parte do exercício cidadão. O conceito de cidadania é central na discussão sobre o impacto das novas tecnologias de informação e comunicação no contexto brasileiro e, sobretudo, a distância cada vez maior entre os que têm e os não têm acesso aos recursos computacionais. A escola, revestida de sua função social e no exercício da cidadania abriu espaço para o jovem desenvolver suas habilidades em favor da comunidade, através do trabalho voluntário, fazendo uso dos bens materiais e humanos da instituição (um laboratório equipado com 19 computadores conectados à Internet, DVD, caixa de som, data show e professor capacitado na área). O programa Eprionfo, com o curso “Tecnologias na Educação: ensinando e aprendendo com as TIC”, que promove a inclusão digital de professores e gestores foi um marco de referência para a abertura dessa experiência na escola, pois as dificuldades encontradas no dia-a-dia propiciou um encontro de alunos com habilidades no uso dos computadores e os professores que necessitavam de apoio para superar as dificuldades encontradas no decorrer do curso. A partir dessa vivência a escola, juntamente com os alunos estendeu o trabalho voluntário aos estudantes da Educação para Jovens e Adultos –EJA (uma extensão da escola no Sítio Carnaúba), aos sábados, pela manhã. A experiência deu certo e no dia ---- de abril de 2009, o programa foi ampliado a toda comunidade, pois já havia 15 alunos voluntários o que permitiu atender nos turnos manhã – para residentes da zona rural, tarde- para a comunidade da zona urbana, aos sábados, e noite – para os alunos do Curso Tecnologias na Educação e da EJA, nas quintas e sextas-feiras. Um dos objetivos estratégicos do PLAMETAS 2009-2012 da escola é “Oportunizar espaços ao Protagonismo Juvenil, fortalecendo o diálogo entre a escola e a comunidade”, o projeto Voluntários da Inclusão Digital é uma ação que concretiza uma postura participativa, inovadora, democrática e cidadã.
Objetivo Geral Contribuir para a constituição da identidade dos alunos, desenvolvendo um protagonismo social, solidário, responsável e pautado na igualdade política, diminuindo a distância entre os que têm e os que não têm acesso às novas tecnologias de informação e comunicação.
Objetivos Específicos
Garantir autonomia na utilização dos computadores, conhecendo e utilizando o Sistema Operacional Linux Educacional e outros softwares livres, levando os novos padrões tecnológicos ao alcance de todos os segmentos da população; Promover situações de ensino que aprimorem a aprendizagem dos alunos; Qualificar para o mercado de trabalho.
Metas Estender o atendimento a 150 alunos, até o ano de 2010 garantindo a expansão do conhecimento do sistema operacional Linux Educacional; Por maio de parcerias junto aos programas do Governo, possibilitar aperfeiçoamento do conhecimento tecnológico dos 15 alunos voluntários em Software Livres.
Metodologia Aulas de laboratório obedecendo ao cronograma de atendimento programado de acordo com a realidade da clientela envolvida, dividido em dois turnos, manhã e tarde, todos os sábados; Formação de turmas semestralmente, obedecendo o calendário de término; Conteúdos trabalhados no decorrer do desenvolvimento das ações através de aulas teóricas e práticas com duração de 2 horas: Aula teórica (o monitor explica o conteúdo oralmente com uso de slides, sobre como usar o Linux educacional); Aula prática ( os alunos são orientados individualmente pelos voluntários com apoio do caderno de atividades).

Atividades
Pesquisa formal sobre a disponibilidade de recursos humanos e materiais; Oficinas para construção do projeto; Criação do logotipo e do slogan; Elaboração do plano de curso; Divulgação; Elaboração de cronograma de atendimento; Planejamento semanal e escolha do monitor – coordenador da semana; Realização das aulas, semanalmente, atendendo à comunidade interna e externa com aulas teóricas e práticas de computação e Internet.